terça-feira, maio 17, 2005

O Elegante Rui Carvalho Homem


Este é o professor Rui Carvalho Homem. Não é o Bill, mas como disse o QT acerca do David Carradine quando o contratou para ambos os volumes do filme "Kill Bill" também eu digo... He's the Man!

And why is he the Man, you may ask?

I'll tell why...

First off, foi ele que me seleccionou para ir fazer o curso a Ferrara. Depois, estamos a falar duma pessoa extraordinária por todos os motivos e mais alguns. Para citar alguns exemplos: Tem um sotaque Britânico perfeito que usa durante as aulas e usou durante as palestras, o que para quem adora British English como eu é maravilhoso. Além disso salta do Português para o English em automatic-mode, nem sequer faz a distinção. É um crâneo! Cantava ópera no duche e saía do quarto a assobiar. Catita, hã? Nós, eu mais as minhas três colegas de quarto Portuguesas, Mónica, Rita e Angélica ouviamos tudo porque estavamos no quarto em frente ao dele. Mais tarde ao jantar ele contou que já fez parte dum grupo de coro de música medieval (!) e que andou em digressão pelo mundo todo com esse mesmo grupo (!) Muito cool. Depois, tem uma maneira muito peculiar e elegante de falar a Língua de Camões, isto é na última noite em Ferrara falou-se por brincadeira em irmos a um bar onde estava a decorrer a «Noite de Karaoke Portuguesa e Brasileira» e quando lhe perguntei se estava mesmo disposto a ir ele respondeu qualquer coisa como: «...Sabe Inês, eu nunca foi pessoa de me furtar a divertimentos e actividades de lazer nocturnas...» Eu limitei-me a sorrir e dizer-lhe que adorava aquela maneira de falar, mas se fosse hoje se calhar dizia-lhe na brincadeira: "I'll bet you do.. I'll bet you do... Nudge nudge... *Wink Wink*... Know what I mean? I'll bet you do, I'll bet you do... Say no more... You frisky man... You..." Mas por falar em sketches o melhor ainda estava para vir... Nessa mesma noite, em véspera de ensaios, (sim, porque os alunos tinham que escrever um ensaio no dia seguinte de manhã sobre um tema à escolha relacionado com Shakespeare), estavamos à mesa, no fim do jantar, a falar de vários temas entre os quais o referendo sobre o aborto... Nessa altura eu que estava sentada ao lado dos professores mas a prestar pouca atenção à conversa deles e a pensar no meu ensaio (que foi escrito sobre apropriações cómicas de Shakespeare) e tinha passado a tarde toda a ver MP e BA... Limitei-me a comentar «...Abortion? Don't you know every sperm is sacred?...» Esta foi a frase-rastilho que pôs o professor Ton, o professor Rui e eu a cantarmos (e ainda por cima à mesa) a música do filme The Meaning of Life para gáudio da professora Mariangela (que ria como uma perdida), também ela uma fã inveterada de Monty Python como nós os três. That was sooo terribly nice! Nunca vou esquecer este episódio.

P.S. - Antes de ser meu professor de Drama Isabelino eu via-o nos corredores da Faculdade de Letras sempre impecávelmente vestido e de óculos e baptizei o professor Rui com o cognome de «O Super-homem», não por nenhuma referência obscura nietzschiana mas sim porque ele de cara e físicamente é extremamente parecido com a personagem de BD. Depois destes dias que passei com ele cada vez mais tenho a certeza que o nick é apropriado.

1 Comments:

Blogger Luís F. Alves disse...

Parece o Clark Kent...

6:13 da tarde  

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