quinta-feira, junho 09, 2005

RAP - UniVersos

CONTOS DE FODAS
(NÃO ÉS O MEU HERÓI)
Refrão - 1
Tudo passa rápido, tudo são modas
Hoje contas-me uma história
Amanhã, contos de fodas
Refrão - 2
Um dia vais perceber, não devias ter desdém
Podes não ser ninguém no mundo e ser o mundo de alguém
Não és o meu herói, não és Super-Homem
Não és o cowboy nem és o meu ídolo
Não és flor que se cheire, não és gladíolo
Não és Jesus Cristo, não és sagrado
Não és homem de sonho, não és príncipe encantado
Não és salvador, não és o Surfista Prateado
Não és o Homem-Aranha, não és o Zé do Telhado
Não és anjo na terra, não és nenhum santo
Não és motivo de guerra, não és motivo de espanto
Não és motivo de espera nem és motivo de pranto
Não és o Justiceiro nem és Gandalf - O Branco
Não és o Messias não és nenhum profeta
Não preciso de magias para adivinhar a tua meta
Não és filho do Diabo e também serves Belzebu
Enganas toda a gente mas a mim não me enganas tu!
Podes ser o rei do bairro, rei do bloco
Rosa púrpura do Cairo, grande taralhoco
Ave rara, passaroco, janota ou sujo e roto
Não passas dum rato, rato de esgoto
E tanto se me dá que estejas vivo ao morto!
Quem pensas que és? Fazes pouco quando rimo?
Não escapas ao destino com artimanhas de felino!
Não, não meu menino! Ganha tino, põe-te fino!
Olha que eu desatino e torço-te o pepino!
Já não és pequenino? Eu faço de Rabino
Corto-te o pepino! Às rodelas, muito fino!
E enfio-tas no... Que até fazes o pino!
Muito bonito de perfil, verdadeiro sedutor
Mas não és o meu herói nem o meu salvador
Não és o cowboy não viéste de Silverado
Podes andar com prancha mas não és o Surfista Prateado
Deves estar enganado se pensas que lês a mente
Desta aqui à tua frente! Só se eu estivesse morta ou doente
Com febre e inconsciente com uma infecção latente
Sem raciocinar normalmente, constatando logicamente
Que estaria demente a precisar urgentemente
De tratamento psiquiátrico, um caso dramático
Oops! Tu até és simpático: Tens sentido prático
Queres tirar proveito quando te dá jeito
Convidas-me para sair tomar um copo e curtir
Já estás a traçar o plano, jogo profano insano
Acabaste de me conhecer e já pensas em... No óbvio.
Sê perceptivo e esquece o racicínio lógico
Age por intuíção, desmonta a bomba-relógio
Agora as bombas são discretas, 3 milimetros de espessura
Cabem num envelope com um penso «Fina & Segura»
Como é que as mulheres não hão-de ter irritações na... ?
Deitáste anthrax no «Evax» contamináste toda a zona
Tem poder interventivo mais eficaz que «Rexona»
O rap interactivo, metacarne e interzona
A coerência escasseia como o «Opel Ascona»
A lavagem cerebral é feita com esfregona
Estala-se o verniz mas eu tenho acetona
Mostarda no nariz mas a verdade vem à tona
Como o azeite na água, como o perdão na mágoa
Como o prego na tábua como a Liberdade na estátua.
"Imbranato" de aparato D. Juan, assassino nato
Casanova de facto, espalha-brasas, espelhafato
És devoto de Baco, em ti o bom senso é parco
Oh sim, bate-papo que falta de tacto
Passa-me o taco, eu meto-te as bolas no saco
Bilhar ou "Snooker"? Armas-te em fraco?
Não sou uma «hooker» nem tu és um sapo
Não fiques babado, não foste enfeitiçado
Não te beijo na boca, não te beijo de lado
Não te beijo na testa, podes beijar o meu rabo!
Não sou a tua princesinha, não sou «Cinderella»
Tu és um monstro mas eu não sou «Bella»
Sou estilhaços de espelho enterrados em olhos inertes
Sou o «Dragão Vermelho» e o grito de Arquimedes
Eureka! Descobri a Nova Meca co'a breca!
(Comia-te toda, disseste). Queres o quê? Dar-me uma queca?
Assim sem mais nem menos? Só se eu fosse analfabeta
Ou só Beta sem Alfa, pendular, poeta incerta
Humilde porém inteligente e esperta
Tenho a porta da mente completamente aberta
Não tenho a mania, nem a mania que estou certa
Sei tudo o que sou e até quanto valho
E quem não me dá valor pode ir para o ...!
É mais dignificante ficar em casa a ver televisão
Que sair à noite com um morcão que só quer usar-me
Para passar um bom bocado e depois por-me de lado
Tratar-me como um trapo, tratar-me como gado
Fazer de mim um farrapo, mau karma, mau fado
É melhor teres cuidado isto vai ficar pesado
Cada vez mais e mais me sinto torturada
Como loba solitária vivo farta e saturada
Existência desrazoada e a morte é-me negada
Pela Natureza ingrata que me tem condenada
Ao eterno sofrimento e nem que chore um rio
As lágrimas jamais afogarão o frio
As lágrimas jamais lavarão esta chaga
Essa ferida aberta que me dói e amarga
Infecta e contamina com dor ininterrupta
Uma vida mal vivida feita de muita luta
A luta é filha da vida mas a vida é filha da... !
A alegria dada a uns a mim é me negada
Vivo na corda-bamba, entre a parede e a espada
Quem não arrisca não petisca mas também não é magoada!
Sou como a sardonisca que pelo sol é banhada
Criatura muita arisca tem medo de apanhada
Quem tem cu tem medo como eu o percebo
E quem não tem cão caça só de espingarda!
Fazes olhos de cachorrinho indefeso?
Queres que te dê trela mas não queres sentir-te preso
Pode ser bagatela mas tudo tem um preço
Até posso ser fatela perdoo mas não esqueço
Pode ser uma balela pode ser uma novela
Jorge não amado, uma no cravo outra na canela
Olá sou a Cruella, não sou a tua cadela
Yellow - Coldplay - Dedicas-me a canção amarela?
Fico é vermelha de raiva por causa da esparrela.
Queres fazer de mim parva? Julgas que caio nela?!

2 Comments:

Anonymous Anónimo disse...

contos de fod---- ....... ok.... isso é do calor?! apetece mais... ups... ja falei demais....

5:41 da tarde  
Blogger Goth Mortens disse...

Nice.

1:50 da tarde  

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